Região Missioneira receberá quase R$ 120 milhões em investimentos históricos

Com quase R$ 120 milhões em investimentos diretos anunciados, a celebração dos 400 anos das Missões Jesuíticas Guaranis se consolida como o maior programa de valorização histórico-cultural já realizado na região missioneira. Além de reconhecer o legado dos povos originários e da presença jesuítica, o programa assume papel estratégico no desenvolvimento econômico regional, ao fomentar o turismo, a cultura, a infraestrutura e a qualificação dos equipamentos públicos.
No total, são 16 municípios beneficiados com obras já conveniadas, além de projetos estruturantes como o Parque Mundo Missioneiro (São Miguel), o Complexo Turístico do Rio Ijuí (Vitória das Missões), a ampliação do Aeroporto de Santo Ângelo — cuja concessão prevê investimentos superiores a R$ 66 milhões — e as projeções mapeadas em Santo Ângelo e São Miguel, que prometem se tornar referência nacional em turismo histórico e imersivo.
Segundo o presidente da ACISA, Mauro Tschiedel, os números impressionam, mas é a ação concreta que fará a diferença: “Temos a rara oportunidade de transformar a infraestrutura cultural e turística da região. Mas esse potencial só se converte em progresso se os municípios executarem com responsabilidade os projetos e se os empreendedores locais estiverem preparados para oferecer experiências, produtos e serviços aos visitantes, para que se tornem divulgadores naturais da nossa história”.
A Região Missioneira tem agora uma vitrine de alcance internacional — e isso exige planejamento, capacitação e coragem para inovar. “Se cada atrativo executado se conectar com uma pousada, um restaurante típico, um centro de artesanato, ou uma empresa de receptivo bem estruturada, estaremos criando um ecossistema sustentável”, resume Douglas Winter Ciechowiez, vice-presidente da entidade.
Já o vice-presidente Felipe Fontana destaca que o sucesso do programa depende de envolvimento coletivo e visão de longo prazo:
“Estamos diante de um ciclo de oportunidades. O desenvolvimento não virá apenas com obras prontas, mas com o engajamento dos empreendedores, com a formação de parcerias locais e com a disposição de cada município em assumir seu papel dentro de um projeto regional. Esse é o momento de sair da zona de conforto e apostar na profissionalização do nosso turismo e da nossa economia criativa.”
A ACISA defende que os investimentos públicos sejam acompanhados de ações privadas que aproveitem o novo momento para geração de renda, emprego e valorização territorial.
Além dos recursos já empenhados, há ainda dezenas de projetos em fase de estruturação, que poderão ser incluídos em etapas futuras do Pro-Missões, programa que perpassa várias secretarias estaduais e contempla ações transversais — como sinalização turística, apoio a comunidades indígenas, promoção do destino Missões e formação de gestores e empreendedores.
A expectativa é que, até 2026, o turismo missioneiro deixe de ser sazonal e ganhe força como uma vocação permanente da região, impulsionando cadeias produtivas ligadas à cultura, ao comércio, à gastronomia e à economia criativa.
A hora é agora.
O futuro da Região Missioneira passa por decisões tomadas no presente. A história nos deu o privilégio de sermos herdeiros de um patrimônio único — cabe a cada um de nós transformar esse legado em desenvolvimento real.
Mais informações: https://estado.rs.gov.br/400anosmissoes